É uma doença infecciosa que afeta principalmente doentes com as defesas do organismo reduzidas, como doentes com AIDS e transplantados. É causada por um microorganismo chamado Pneumocystis carinii e transmitida através de gotículas de saliva de pacientes com a doença. A forma grave é quando há desenvolvimento da síndrome de angústia respiratória aguda. Embora raras, as manifestações extrapulmonares podem ocorrer em pacientes recebendo pentamidina inalatória, em paciente com infecção por HIV sem uso de profilaxia ou mesmo na ausência de comprometimento pulmonar.

Sintomas e sinais

Os sintomas não são específicos, sendo mais tardios e subagudos em pacientes com infecção por HIV, em comparação com outros imunocomprometimentos. Dentre os sintomas estão incluídos:

Dispneia progressiva (95%);
Febre (> 80%);
Tosse seca (95%);
Desconforto respiratório;
Perda ponderal;
Calafrios;
Hemoptise (rara).

Sinais pulmonares: crepitações e roncos, mas podem estar ausentes em metade dos pacientes;
A doença grave pode estar caracterizada por cianose, batimento das asas do nariz e tiragem intercostal.

Radiografia de tórax: pode se apresentar normal em doença inicial, evoluindo para infiltrados bilaterais difusos com extensão a partir da região peri-hilar. Infiltrados assimétricos, pneumotórax ou pneumatocele podem estar presentes;

Tomografia computadorizada de tórax: áreas de vidro fosco com espessamento de septo interlobular. O padrão de imagem normal sem outros sinais não descartam a doença.



Tratamento

A Ventilação Mecânica não Invasiva é uma opção promissora e de escolha para estes pacientes, pois como são imunodeprimidos ao evitarmos a intubação orotraqueal, poderemos reduzir a chance de uma infecção nosocomial, pois esta poderá aumentar a mortalidade neste grupo de paciente.
Não incrementar a PEEP além de 10cmH²O para não acarretar na retenção de gás carbônico.
Se o paciente evoluir para ventilação mecânica, verificar a necessidade de recrutamento, ou seja, se houver associação de ARDS estará recomendado. Se a TC não for verificado o Baby Lung com perda volumétrica pulmonar importante, deverá ser evitado o recrutamento, pois, o pulmão apresentará áreas de fibrose difusa o que contra indica a técnica.