Como realizar a anamnese da avaliação fisioterapêutica A anamnese é uma etapa crucial na avaliação fisioterapêutica, sendo o primeiro contato do fisioterapeuta com o paciente. Este processo é essencial para coletar informações detalhadas sobre as queixas do paciente, permitindo ao profissional identificar alterações funcionais, dificuldades ou habilidades específicas. A seguir, exploraremos os principais aspectos da anamnese na avaliação fisioterapêutica.

Importância da anamnese na avaliação fisioterapêutica

A anamnese é fundamental para o planejamento do tratamento fisioterapêutico. Diferente do diagnóstico clínico, que pode não fornecer todas as informações necessárias sobre a patologia, a anamnese permite ao fisioterapeuta traçar objetivos claros e definir condutas específicas. Além disso, ela contribui para a elaboração do diagnóstico cinético-funcional, que é exclusivo da fisioterapia.

Estrutura da anamnese

A anamnese é composta por várias etapas, cada uma com um foco específico. A seguir, detalhamos cada uma dessas etapas, destacando sua importância na avaliação fisioterapêutica.

Identificação do paciente

A identificação é o ponto de partida da anamnese. Nesta fase, o fisioterapeuta coleta dados básicos do paciente, como nome, data de nascimento, filiação, estado civil, profissão e endereço. Essas informações são essenciais para criar um perfil inicial do paciente e garantir que todos os dados subsequentes sejam corretamente associados a ele.

Queixa principal

A queixa principal é o momento em que o fisioterapeuta pergunta ao paciente sobre o motivo de sua consulta. Perguntas como "O que trouxe você aqui?" ou "Como posso ajudar?" são comuns. O fisioterapeuta deve registrar as respostas com as palavras do próprio paciente, evitando termos técnicos. Isso garante que a percepção do paciente sobre seu problema seja claramente compreendida.

História da doença atual

Nesta etapa, o paciente relata o início dos sintomas, sua evolução, duração e os tratamentos já realizados. Informações sobre internações ou outras intervenções médicas também são coletadas. Este relato é crucial para entender a progressão da doença e suas consequências, permitindo ao fisioterapeuta planejar intervenções mais eficazes.

História patológica pregressa

A história patológica pregressa (HPP) envolve a coleta de dados sobre doenças passadas que possam ter relação com a condição atual do paciente. Informações sobre hipertensão, diabetes, infartos, AVCs, entre outras, são registradas. Este histórico ajuda a identificar possíveis comorbidades que possam influenciar o tratamento fisioterapêutico.

História familiar

A história familiar investiga doenças presentes na família do paciente, como problemas cardíacos ou diabetes. Informações sobre a saúde dos pais, suas idades e causas de falecimento, se aplicável, são coletadas. Este contexto familiar pode oferecer insights sobre predisposições genéticas que afetem o tratamento.

Uso de medicamentos

O fisioterapeuta deve perguntar sobre o uso de medicamentos pelo paciente. Saber quais medicamentos estão sendo utilizados é vital, pois pode haver interações com o tratamento fisioterapêutico. Além disso, alguns medicamentos podem influenciar a resposta do paciente às intervenções propostas.

Conclusão

A anamnese é uma ferramenta poderosa na avaliação fisioterapêutica, permitindo ao profissional obter uma visão abrangente do paciente. Ao coletar informações detalhadas e específicas, o fisioterapeuta pode planejar um tratamento mais eficaz e personalizado, aumentando as chances de sucesso terapêutico. Portanto, realizar uma anamnese completa e cuidadosa é um passo indispensável para qualquer avaliação fisioterapêutica.


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